O brasileiro parece que ainda não entendeu realmente a situação econômica à qual o país se encontra. Muitos ainda acham que se trata apenas de 'má vontade' do governo, pois 'dinheiro têm', 'pagamos muitos impostos'. Buscar informação, olhar os números e dados, estão foram de cogitação para esse pessoal.

Outros dizem que 'se reduzissem os salários e benefícios dos políticos' bastaria para colocar as contas públicas em ordem. Como fica explícito, a lógica básica não entra na cabeça dessa turma. Mesmo que parassem de pagar salário para políticos, a economia conseguida não seria suficiente para cobrir nem 0,003% do deficit anual das contas públicas.

Às vezes eu não sei se isso é ignorância ou apenas a não aceitação da realidade ruim que o país se encontra. Eu aposto nas duas. O povo parece querer pagar para ver o resultado.

Não lhes entra na cabeça que caso não ocorra uma boa reforma da previdência, as contas públicas ficarão ainda piores, não sobrará mais dinheiro para investimentos e nem para a manutenção dos já ruins serviços públicos. Sem a reforma da previdência aí sim é que universidades, hospitais, escolas, policiais, etc. ficarão sem verba para manter seus serviços.

Além disso, com a falta de dinheiro e o aumento estrondoso da dívida pública, o juros iriam subir ainda mais. A inflação também, tudo ficaria mais caro e inacessível. Os salários e aposentadorias seriam parcelados como o que já ocorre no Rio de Janeiro, com a falta de grana na mão do povo a economia iria desaquecer ainda mais, aumentando assim o desemprego a níveis mastodônticos.

Num cenário de terror como esse, ainda pode piorar. O governo poderia tomar duas alternativas:

1. Aceitar a realidade tardiamente e tentar aprovar as reformas necessárias que trariam ainda mais efeitos colaterais a curto prazo para a população (devido à extrema deterioração da economia e a demora de se fazer as reformas) pois além das reformas seria necessário fazer políticas monetárias bem contracionistas para começar a colocar as contas em ordem.

2. Desistir, cair no populismo econômico de vez, começar a imprimir dinheiro e a hiperinflação voltar ao país para assolar a população, sobretudo a mais pobre. Aí o cenário seria o pior possível: desemprego alto, hiperinflação, forte recessão econômica e investimento privado zero.


Muitas vezes eu me pego pensando: eu queria ter nascido milionário, só para não me preocupar com essas coisas. Iria adorar ver esses militantes imbecis sofrerem na penúria e miséria pela própria escolha que fizeram, principalmente esses vagabundos de universidade. O problema seria ver inocentes sofrerem juntos.


Retirado do 55chan.