Me ocorreu outro risco aqui pro projeto: A CVM pode considerar que isso é um título mobiliário, e não uma criptomoeda, e exigir licenciamento. Nesse caso, estamos ferrados, porque não acho que consigamos todos os requisitos de licenciamento!
Por conta disso citei uma alternativa descentralizada.. Melhor um ano testando códigos do que depender da aprovação do Estado..
Mas nesse caso, o lastro é o próprio Estado, titulos do tesouro que pagam o seu capital + o IPCA.
Uma alternativa seria procurar o mesmo produtos em bancos privados, bancos pequenos. Acho que poderia ser possível também, só que reduz a segurança, voce teria nesse caso o risco do banco quebrar e não te pagar (nesse caso existe a garantia do FGC para CDBs até 250mil reais). Mesmo assim, esse mercado é altamente regulado.
A questão toda é: como garantir a remuneração do IPCA? Não acredito ser possível fazer isso num protocolo, do nada. IPCA é rentabilidade, e esses titulos tipo CDB fazem operações de crédito, tipo emprestando dinheiro pro agronegócio, imoveis, tesouro, etc. E depois voce recebe sua remuneração.
Agora eu pensei até num segundo complicador: O imposto.
Todos os titulos do tesouro, renda fixa, etc são taxados de 25 a 15% da rentabilidade, sendo o IPCA incluso. A isenção de 35k mensais das criptomoedas não poderia ser facilmente estendida para esses produtos numa criptomoeda lastreada em renda fixa... Já estou vendo um dificuldade tributária ai!
Na prática, acho que é melhor comprar CDBs ou titulos do governo se voce quer se proteger da inflação.
Até chegarmos num momento em que possamos vender CDBs/Debentures/Ações/ ETF etc diretamente P2P utilizando criptomoedas lastreadas nesses titulos, uma implementação dese tipo será bem complicada. Infelizmente, para termos criptomoedas lastreadas em ativos financeiros a CVM/banco central/etc vao ter que se meter para permitir isso.
Acho que seria a solução perfeita para uma situação dessa: negociar tokens lastreadas em CDBs, titulos de RF, açoes, etc.