Como todos sabemos, o Bitcoin é sobre desintermediação do sistema financeiro. Ao minerar, estamos criando nosso próprio dinheiro. Mas além da nossa relação com o dinheiro, há muitas coisas na nossa vida que são intermediada e cada vez mais, parece que a evolução dos mercados, é a evolução do nosso processo de delegar nossa vida a outras pessoas.
No passado, as roupas eram feitas em casas, as mães e avós cortavam nossos cabelos. Plantavamos nossos alimentos e nós mesmos os preparávamos. A educação das crianças era algo realizado pelas comunidades. As casas eram cuidadas, arrumadas, construídas e concertadas por nós mesmo.
Hoje, cada uma dessas coisas é comumente feita por outras pessoas. O resultado no geral, não sei se é exatamente 'mais liberdade', já que muitos de nós precisam trabalhar cada vez mais para sustentar a tercerização de tudo.
Muitas vezes, isso chega - pelo menos aos meus olhos- em patamares absurdos, como por exemplo no caso das academias de ginastica em que tu não precisa se exercitar e é tudo por ondas.
Acho que minha relação com as criptomoedas acentuou bastante minha busca por emancipação de intermediários, que tem só se acentuado. E dia a pós dia acho que estou buscando cada vez mais fazer as coisas que posso, por mim mesma. Claro que é uma posição menos produtiva na perspectiva de Naval por exemplo, que acha que devemos tercerizar todos os serviços que custam menos do que nossa hora/trabalho.
Eu sempre busquei plantar alguns alimentos e isso hoje está cada vez mais forte, agora tenho iniciado alguns estudos em criação de abelhas e pra cultivo de cogumelos. E claro, tudo isso sempre conviveu muito bem com meu envolvimento com cripto. É como se fizesse sentido, sabe?
Eu queria entender, vocês passam por essas questões? A busca pela desintermediação financeira perpassa por outras buscas de relações mais diretas? Eu é algo do meu eu hippie e ngm ta nem ai com isso?