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Boas reflexões, viu. Eu também acho que a VISIBILIDADE é a maior moeda para @ artista. Se @ artista tiver exposição, terá uma boa chance de viver da sua arte. Por isso eu aponto que um dos maiores problemas que @s artistas devem resolver é o problema da CENTRALIZAÇÃO DA VISIBILIDADE, que sempre ocorreu na indústria cultural. Existem máfias que eu chamo de máfias da visibilidade, que detém muito poder de visibilidade através de suas redes de comunicação de massa e que determinam quem serão as estrelas populares.
Em relação aos direitos autorais, na criptoarte, eu acredito que ainda é um assunto que não foi discutido. Algumas plataformas, como a Creary (
https://creary.net/popular), trabalham com o conceito de Creative Commons. Eu, por exemplo, trabalho muito com Remix/Releitura, ou seja, eu crio novas artes a partir de artes que já existem. Eu acredito que a cultura do remix (
https://www.youtube.com/watch?v=SAfCvMNgLjg) é algo que veio para ficar. Aliás, o remix sempre existiu e tudo é um remix. Além do mais, a arte é livre - com permissão ou sem.
Você tem toda razão quando diz que no final do dia tudo é um remix, mas não tendo uma "regulamentação" das obras neste sentido, creio que abre-se um precedente para o mantenedor desta vitrine, não? As obras, espalhadas de forma distribuída, em nada sofrerão, assim como seus artistas. Mas e a plataforma que as consolida? Descentralizá-las no alto teor da palavra é possível? Com certeza, temos inúmeras tecnologias hoje que proporcionariam isso, mas quão "undergroung" seriam?
O público de nicho sempre existirá e talvez esse busque os caminhos alternativos, mas certamente este não seria o caso das massas. A casa acabaria se limitando, ou de público ou de obras. Não vejo um denominador comum e uma real solução para isso... afinal, um mundo descentralizado é livre, mas para que a exposição verdadeira ocorra, a centralização acaba tendo de tomar corpo.
Veja como um grafite nas ruas, o artista pode expor sua arte e não ser financeiramente recompensado por isso, afinal, a arte está lá, ele não vai vendê-la. Nada te priva de tokenizar um ativo de arte digital, resta saber quem baterá o martelo sobre a sua existência e valor intrínseco: aqueles que a observam ou aqueles que a negociam? Se o objetivo do artista é pura e simplesmente expor suas obras, certamente entraves não surgirão, mas se a idéia é monetizar sobre elas... infelizmente o buraco acaba ficando um pouco mais fundo

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Nós artistas estamos buscando criar novas formas de monetizar os nossos trabalhos de forma independente. A blockchain abriu grandes possibilidades para não dependermos mais de intermediários e da mídia tradicional. Isso já está muito claro e é totalmente possível. As plataformas de arte serão apenas um detalhe do processo, elas não são tão importantes e serão totalmente dispensáveis. Eu vejo que as redes sociais já são, e isso vai ficar cada vez mais forte, o portfolio e a galeria d@s artistas. @s artistas não precisarão mais de intermediários e da mídia tradicional para mostrar e vender os seus trabalhos. Pascal Boyart é um exemplo de artista que deixa claro que é possível monetizar, por exemplo, arte de rua. Veja: